domingo, 29 de janeiro de 2012

Meu Champagne, minhas dúvidas e meus amores

                               

Hoje eu estava com um copo de champagne olhando a chuva pela janela e percebi que muitas pessoas passaram na minha vida, mas poucos amores, por motivos diversos, talvez por pura falta de afinidade, talvez por não tiver sido a hora certa ou a pessoa correta, talvez por excesso de amor, ou talvez pela falta de demonstrá-lo, e chegando a esse ponto eu pude perceber que eu nunca usei muito a famosa frase "eu te amo", talvez por isso eu esteja na janela, olhando a chuva e bebendo um champagne solitário, comemorando o fim de algo que nunca começou ou o início do próximo final, vejo pessoas passando nas ruas sozinhas, acompanhadas, abraçadas, chorando, sorrindo, apaixonadas. Quantos "eu te amo" elas já disseram?Será que foram sinceros?Será que o champagne delas não desceu amargo numa comemoração vazia?Bom, fico meus pensamentos, afinal hoje deve ser um dia especial, por isso comemoro solitário com meu champagne, não é mais um dia comum num bar com minha cerveja diária, e com ela eu bebo e não digo o amor que tenho, nem digo que não tenho. Amo sim, sempre amei, e pouco disse, mas meu peito sempre foi feito de amor, mesmo com toda sua dor, com toda cerveja na cabeça ainda tinha espaço para um champagne ou um "eu te amo", mas para isso precisava ser uma data especial ou uma pessoa merecedora. Um enorme cuidado, é o que eu sempre tive, para não exagerar no "eu te amo" e ele se transformar em cerveja, fazer o especial virar comum.Digo sim, digo quando devo, não digo quando quero.Olho para meu copo de champagne e vejo que já é o sexto dia desta semana que bebo champagne, e tenho medo da minha cerveja se tornar especial.

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